Reuni aqui as redações de quatro dos meus alunos do 3º ano de 2008, duas das quais já foram mostradas em sala. Lembrando que o vestibular passado pediu que os candidatos produzissem um artigo de opinião segundo o tema “O uso da tecnologia é paradoxal à vida saudável?”
Boa leitura!
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Socorro, vovó!
Ah, a tecnologia! Em qualquer grande cidade está presente. Até mesmo nas ruas é fácil percebê-la: os tais MP3 viraram moda entre os jovens. Agora as novidades são os televisores de plasma, recém batizados no mercado brasileiro. É excitante ver como as propagandas relacionam beleza e jovialidade com as novas tecnologias, que saem a todo instante. Ser “high-tech” está na moda.
Pena que toda essa euforia não se reflete nos cuidados com a saúde. No último século o número de de crianças e jovens sedentários aumentou gritantemente. Não digo, pois, que isto é todo fruto da modernidade da época atual, mas sim de um equilíbrio entre vida digital e vida real que está comprometido.
No Brasil, em especial, é fácil perceber isto. Há 50 anos atrás as crianças brincavam nas ruas: pique-esconde, pular corda, futebol… Hoje já somos o segundo país que mais passa horas na internet, sendo em maioria os jovens e adolescentes os grandes responsáveis por tal posição. O sedentarismo aparece, então, como uma realidade.
Não sou, de forma alguma, contrário a essa modernidade. Aliás , penso que esta é fundamental à medicina e aos nossos lares. O que deve ser feito é equilibrar o uso delas para se ajustar a uma vida saudável. Há como conciliar saúde com tecnologia, mas para isso deve-se impor limites.
Penso o que meus avós falariam disso tudo. “O fim dos tempos” – proclamariam. Não quero acreditar nisso. Tenho certeza de que tal limite pode ser atingido, afinal, a tecnologia é criada para melhorar nossas vidas, não? Ah, se vovó estivesse viva…
Ricardo Gadótti Bedin (M4/2008)
Esta redação obteve nota 6,0.